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10 PROFISSÕES IMPACTADAS PELO METAVERSO

Conteúdo realizado por:
Editorial Agência Sacchi

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O QUE É METAVERSO?

Mundo virtual imersivo e coletivo com tecnologia hiper-realista

Metaverso, NFTs, Inteligência Artificial, Web 3.0 são novas tecnologias que cada vez mais irão impactar nossa realidade, trazendo benefícios e recursos poderosos capazes de gerar grande transformação em diferentes tipos de experiências, em diversas áreas tais como, na educação, na telemedicina, na segurança pública, na arquitetura e construção civil, na mobilidade e principalmente no entretenimento.

O fato é que quem sair na frente terá vantagens. Por isso, empresas como Ford, Nike, Epic Games, Microsoft estão investindo bilhões nessas tecnologias.

O termo metaverso foi criado em 1992 por Neal Stephenson em seu livro de ficção “Snow Crash”, um romance de ficção científica no qual os personagens criavam avatares (representações digitais de si mesmos) para viver em um universo virtual. O autor chamou esse mundo online de metaverso. E eis que a ficção acabou inspirando a realidade.

Em 2021, Mark Zuckerberg, fundador da rede social Facebook, atualizou o conceito de metaverso, e mudou o nome de sua corporação para Meta. Na ocasião, ele defendeu a construção de um novo mundo digital, que une nossas experiências reais com as redes sociais. Segundo Zuckerberg, o metaverso é “um conjunto de espaços virtuais que você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você.”


De acordo com Álvaro Machado Dias,  professor livre-docente de neurociências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante do painel global de inovação tecnológica do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), “ no mundo atual, o metaverso nada mais é do que um espaço coletivo e compartilhado na web associado a tecnologias que recriam a experiência física no ambiente digital, formando relacionamentos que são, ao mesmo tempo, online e offline. O recurso nasce como uma estratégia omnichannel, interligando diferentes ferramentas para estreitar a relação físico-digital e aprimorar a experiência do usuário.” Ou seja, trata-se de um mundo virtual no qual é replicada a realidade por meio de dispositivos tecnológicos.

A ideia é juntar realidade virtual, realidade aumentada e a Internet das coisas para conectar diversas plataformas e ter um espaço coletivo compartilhado para, com isso, as pessoas trabalharem, se encontrarem e se divertirem em ambientes virtuais tridimensionais.

Em uma entrevista publicada na revista Forbes, o influenciador digital Paulo Silvestre, lembra que a proposta do metaverso é semelhante ao game Second Life lançado em 2003. Mas segundo ele, a diferença é que o Second Life se restringe a um game, enquanto que a proposta atual permite que o usuário entre no ambiente e interaja com elementos ali, graças à realidade virtual e aumentada agora disponíveis.

No metaverso, o usuário pode entrar e sair do mundo virtual sempre que tiver vontade, e a participação nesse espaço se dá com o uso de acessórios especiais, como:

  • Óculos de realidade virtual/aumentada: também conhecido como head-mounted display (ou apenas HMD), está equipado com câmera, microfone e alto falante; 
  • Avatares online: são bonecos online que representam um indivíduo; eles podem ter sua aparência personalizada através da aquisição de roupas e acessórios; 
  • Terras digitais: podem ser espaços inventados, adquiridos em sites especializados, ou que simulem um ambiente real.

Mas, seja qual for o verdadeiro impacto dessa nova tecnologia, algumas das inovações do metaverso já estão tendo aplicações práticas em diferentes setores. Então, vejamos agora:


10 PROFISSÕES QUE SERÃO IMPACTADAS PELO METAVERSO:

METAVERSO PARA ADMINISTRADORES DE EMPRESAS
A grande vantagem do metaverso é justamente a possibilidade de criar experiências mais naturais de interação entre pessoas que não estão fisicamente conectadas. Imagine equipes de empresas globais conseguirem vivenciar por meio de seus avatares na plataforma virtual as experiências do mundo real. É exatamente essa a proposta da  Microsoft que anunciou recentemente sua “porta de entrada” para o metaverso: o Mesh for Teams, plataforma para reuniões interativas com avatares substituindo as imagens de câmera.

METAVERSO PARA PROFISSIONAIS DO ENTRETENIMENTO: cinema e game
O conceito de metaverso não é novidade na indústria do cinema e do entretenimento. Filmes como “Blade Runner” e “Matrix” já retrataram a ideia do mundo real baseado no universo digital. E os videogames atualmente são os que oferecem a experiência mais próxima do conceito, usando plataformas baseadas na tecnologia, como Minecraft e Roblox. A Epic Games, desenvolvedora do jogo Fortnite, um fenômeno mundial, levantou em abril US$ 1 bilhão em investimentos para bancar, abre aspas, “sua visão de longo prazo para o metaverso”. O diretor da Epic Games, Tim Sweeney, é um entusiasta do metaverso, assim como Zuckerberg.

E por falar em games, na atualidade a multiplataforma de games Roblox já está utilizando o multiverso para que seus jogadores criem seus próprios mundos virtuais e projetem seus próprios jogos na plataforma digital. Com o sucesso da tecnologia entre os usuários, a Roblox fechou o mês de março de 2022 avaliada em US$ 45 bilhões.

METAVERSO PARA PROFISSIONAIS DE MARKETING, VENDAS E BRANDING
Em janeiro de 2022 em Nova York, o metaverso teve forte repercussão na NRF Big Show 2022 – o maior evento de varejo do mundo. Grandes marcas do varejo promoveram amplo debate e a conclusão é que o metaverso tem tudo para se tornar uma  oportunidade de ouro para expansão do marketing e vendas do futuro, com públicos concentrados por tipos de experiências de consumo e identificados por nichos e preferências.

No metaverso, a projeção é que as marcas possam estar massivamente presentes no virtual, de forma cada vez mais fluida e híbrida, construindo forte convergência e  interconectividade de canais. O que já é claramente forte tendência é o uso de multicanais ou omnichannel, que visa integrar o canal físico com os canais digitais e virtuais, com estratégias que combinam venda online e retirada da mercadoria em loja física, por exemplo. Modelos menos interativos serão cada vez menos atrativos às novas gerações. Elas querem mais do que comprar: elas querem explorar, fazer parte, interagir com as marcas as quais se identificam

Para Mariana Santiloni, da WGSN, o metaverso vai viabilizar novas experiências criativas, dando às marcas a oportunidade de contar histórias extensivas, interativas e emotivas. “Esse mundo virtual democratiza experiências antes inacessíveis e abre espaço para novas formas de interação social”, pontua. A aposta é que a tecnologia crie novas práticas e mentalidades sobre como é estar com as pessoas, potencializando o conceito de lovemarcas. Imagine, por exemplo, poder viver experiências de imersão em ambientes e eventos de marcas desejo e poder interagir com celebridades e influenciadores embaixadores da marca que você ama.


METAVERSO PARA O SETOR DA ECONOMIA E FINTECHS
A ideia é que o metaverso tenha uma economia virtual própria, e que as pessoas possam trabalhar, adquirir casas, comprar roupas, ir a festas, fazer reuniões e ter de fato uma vida online.
A blockchain e as tecnologias relacionadas – criptos, NFTs e outros – são essenciais para essa nova realidade. A criptomoeda, por exemplo, permite a criação de uma economia digital com diferentes tipos de tokens de utilidade e colecionáveis virtuais (NFTs).
De fato, a blockchain pode ser a base da economia do metaverso. Essa tecnologia derivada da bitcoin permite a criação de registros imutáveis sem a necessidade de uma terceira parte, e é uma ferramenta e tanto para governança da plataforma – sem bancos e governos.


METAVERSO PARA DESENVOLVEDORES E PROGRAMADORES
Para Álvaro Machado Dias, a área de TI tende a avançar muito já que com o avanço do metaverso surge o desafio de desenvolvimento técnico das ferramentas. “Será preciso mais técnicos e programadores que entendam do assunto. Além disso, as próprias tecnologias que temos hoje ainda deixam a desejar, são pouco amigáveis e com várias dificuldades na base.” Para criar um metaverso com todo o seu potencial de experiências imersivas, o especialista acredita que novas linguagens de programação ainda vão surgir.


METAVERSO PARA PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA E GESTÃO DE DADOS
Nos quatro cantos do planeta já existem especialistas se manifestando sobre os riscos que o metaverso pode trazer, como a ampliação da vigilância sobre todos nós. Afinal, este admirável novo mundo estará necessariamente repleto de cada vez mais câmeras, sensores e apetrechos nos acompanhando e coletando informações.

Sobre isso, o professor de cultura digital da Universidade de Sydney/Austrália, Marcus Carter, alerta que as tecnologias de realidade virtual são possivelmente os aparelhos digitais com a maior capacidade de extrair nossos dados, dentro das nossas próprias casas, nas próximas décadas. E o impacto disso no setor de segurança e gestão de dados é enorme.



METAVERSO PARA ENGENHARIA, ARQUITETURA E SETOR IMOBILIÁRIO
No cenário da construção civil, o metaverso permite eliminar fronteiras entre o mundo físico e o digital. A solução pode ser utilizada, por exemplo, na apresentação do lançamento de empreendimentos, com o uso de ferramentas que eliminam a necessidade da presença física. Além disso, já é possível criar réplicas digitais de construções físicas que simulam comportamentos reais a partir do chamado Building Information Modeling (BIM)

Mas as potencialidades do metaverso nessa área profissional é muito vasta. Grandes empresas atuais de arquitetura estão crescentemente interessadas ​​em ultrapassar os limites formais de como o espaço pode ser. O escritório BIG, responsável pela construção de prédios icônicos, como por exemplo o novo World Trade Center em NY, recentemente fez parceria com o UNStudio para desenvolver uma plataforma de reunião virtual chamada SpaceForm, onde as pessoas podem colaborar em tempo real dentro de salas futuristas com mesas holográficas que exibem renderizações 3D e visualizações de dados. Já a A Zaha Hadid Architects apresentou a mostra de arte virtual “NFTism”  na Art Basel Miami que explora a arquitetura e a interação social no metaverso.

O metaverso contará com os mesmos elementos que controlam o setor imobiliário no mundo físico, isto é, dinheiro, conhecimento e acesso. E será crescente o fluxo de  investimentos especulativos de criptomoedas com empresas imobiliárias comprando grandes extensões de “terra” no metaverso, e disponibilizando depois por milhares de dólares. A plataforma Decentraland já tem terrenos saltou para mais de US$ 10.000 nos distritos virtuais de maior tráfego do jogo que saltaram para mais de 10 mil dólares.


METAVERSO PARA MEDICINA E ÁREA DA SAÚDE
Em um texto para a revista Veja Saúde, Guilherme Hummel, coordenador científico do Hospitalar Hub e head mentor da EMI (eHealth Mentor Institute) destacou a evolução dos óculos de realidade virtual cada vez mais acessíveis para uso clínico e também enfatizou que num futuro próximo as ferramentas do metaverso poderão ajudar se conectando remotamente a especialistas, sobrepondo em holografia dados personalizados do paciente, consultando imagens 3D em videotecas, combinando casos clínicos com alta resolução ou tornando procedimentos invasivos muito mais programáveis, podendo inclusive usar a realidade virtual como dispositivo capaz de reduzir a dor em pacientes hospitalizados. É mais precisão, segurança, possibilidades de monitoramento e bons resultados em diferentes tratamentos de saúde.

Uma das futuras aplicações do metaverso na saúde que promete ter alto poder de impacto é a tecnologia denominada “gêmeos digitais”, que possibilita desenvolver uma “cópia” da pessoa de forma computadorizada. Essa réplica conta com todas as informações de saúde do indivíduo e pode ser atualizada em tempo real.

Assim, ela tem o potencial para refletir desde o status molecular e fisiológico da pessoa até seu estilo de vida ao longo do tempo. Dessa forma, o médico tem um padrão de saúde de seu paciente, podendo antecipar doenças e simular cenários, além de ter mais facilidade para planejar o pré, o intra e o pós-operatório.

A tecnologia do metaverso vem se mostrando muito eficiente para tratamento e monitoramento de pacientes com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão, entre outros.

METAVERSO PARA ADVOGADOS E SETOR JURÍDICO

A presença do mundo jurídico no metaverso já é uma realidade. Existem, inclusive, sedes de escritórios de advocacia dentro da plataforma.

Mas além da presença virtual de players do setor jurídico nos mundos criados no metaverso, haverá inúmeras implicações e transformações em várias áreas, tais como: proteção de dados pessoais, propriedade intelectual, direitos da personalidade (honra, imagem e privacidade), contratos,direito penal e direito autoral. Os hábitos de consumo também passarão por profundas transformações, chamando atenção para as discussões acerca do futuro do direito do consumidor no mundo digital.

Outro aspecto que promete amplo e crescente debate está relacionado à propriedade intelectual. A criação de produtos dentro da plataforma, como figuras, emblemas e estilo dos avatares, pertencerá a quem? O Metaverso terá criações virtuais de avatares e aspectos de IA integrados a eles. Se esse tipo de criação for considerada criação de IA e não criação humana, alguns tipos de proteção de propriedade intelectual não serão aceitas juridicamente.
Imaginemos outra situação: caso um avatar que tenha características afrodescendentes sofra ofensas raciais, isso poderia configurar crime de injúria racial ou racismo? O debate a respeito da abordagem jurídica de casos que configurem injúria, calúnia e difamação contra os “avatares”, só está começando.
Caso o metaverso realmente se massifique, será cada vez maior a demanda por advogados especializados em direito de propriedade digital de ativos digitais, LGPD na prática, gestão jurídica de marketplaces de NFTs,  e em direito de utilização de bitcoins.
E a influência das novas tecnologias da informação no campo do Direito chegam até na Resolução de Disputas Online e na reconstituição criminal, já que o metaverso pode possibilitar que a mediação do conflito e a visualização de cenários de crime ocorram por meio de mundos virtuais, tornando desnecessário o deslocamento das pessoas reais para resolução dessas demandas.


O METAVERSO PARA PROFISSIONAIS DA MODA, BELEZA E ESTÉTICA
Uma das áreas que já tem grandes players mergulhando no metaverso é a área de moda e beleza. Na NRF 2022, a marca Gucci apresentou um espaço virtual experimental, chamado de Vault, que funcionou como plataforma para comércio de peças exclusivas.

Em março de 2022 aconteceu a primeira Metaverse Fashion Week na plataforma Decentraland com desfiles de várias das principais marcas desejo de alta moda. E além das passarelas, a experiência foi completada com um distrito de compras virtual, shows, eventos interativos e painéis ao vivo, estabelecendo um novo padrão para moda de luxo. 

Já a P&G Beauty também está inovando com a estreia da BeautySphere , seu mundo virtual de contadores de histórias onde os visitantes podem interagir com o portfólio de marcas do grupo, por meio de conteúdos ao vivo e simulados, com foco na ideia de beleza responsável.

Um artigo da Gartner sobre tecnologias emergentes afirma que, embora o metaverso ainda seja uma tecnologia disruptiva distante pelo menos uma década da realidade atual, ele estende a capacidade de computação em uma ordem de magnitude além do que está disponível hoje e muda fundamentalmente a forma como indivíduos e organizações interagem uns com os outros e com o mundo.

Isso porque passaremos de uma internet de textos, imagens e vídeos para uma experiência de se sentir presente dentro de um espaço virtual.
Embora tecnologias existentes hoje, como a conexão 5G, estejam abrindo o caminho para o metaverso, ainda há muito aprimoramento pela frente para sustentar esse mundo altamente conectado. Se em muitos lugares já é difícil manter uma videochamada sem problemas de conexão, imagine a demanda de dados para reproduzir um metaverso e interagir nele.

Fontes:
>https://actionmedia.com.br/metaverso-o-que-e-e-quais-sao-os-beneficios/
>https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/05/metaverso-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-tecnologia-que-integra-os-mundos-real-e-virtual/
>https://brasil.estadao.com.br/blogs/macaco-eletrico/os-beneficios-e-os-riscos-do-metaverso-de-zuckerberg/
>https://www.capterra.com.br/blog/2563/metaverso-empresa

>https://www.medplus.com.br/o-que-e-metaverso-e-os-beneficios-para-a-saude/

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